Notícias
Notícia
Com queda na Selic, quem tem plano de previdência também deve se preocupar
Quem investe em plano de previdência também deve ficar preocupado com as reduções na taxa básica de juro, a Selic.
Fonte: InfoMoney
Flávia Furlan Nunes
Quem investe em plano de previdência também deve ficar preocupado com as reduções na taxa básica de juro, a Selic. Em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu por cortá-la em 150 pontos-base para 11,25% ao ano. O problema é que parte dos recursos aplicados em previdência estão alocados em títulos públicos, indexados pela Selic. Com a queda da taxa, cai também a rentabilidade dos planos.
"Parte do investimento em plano de previdência vai para título público. Os planos trabalham com 6% de retorno real ao ano. Se começa a cair a Selic, essa remuneração cai. Ou sua aposentadoria vai ser menor, ou vai demorar mais para você atingir o seu objetivo", explicou o economista-chefe da corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Para o ex-presidente da Abrapp (Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar) e diretor da consultoria atuarial Assistants, Paulo Mente, o que acontece nos planos de previdência é que as pessoas trocam cotas por renda no futuro. Diante da baixa rentabilidade, o que as pessoas devem fazer é comprar mais cotas. "Se quiser garantir uma renda maior, tem de pensar em aumentar os depósitos", explicou.
Fechada versus aberta
Para Mente, existe um impacto diferente nos planos de previdência fechados (aqueles realizados junto à empresa) e os abertos (oferecidos pelos bancos). Enquanto o primeiro tem um horizonte de longo prazo, o segundo tende a ser usado também para o alcance de objetivos no curto prazo.
"A queda da Selic influencia momentaneamente os planos fechados, mas não assusta, mesmo porque são feitos ajustes. No banco, é diferente, porque a filosofia não é como no empresarial, que pensa na aposentadoria mesmo. No banco, pensa-se em menor prazo, para poder usufruir dele antes da aposentadoria na maioria das vezes. Então, o efeito da crise é mais importante", explicou o ex-presidente da Abapp.
Em relação aos ajustes realizados nos planos de previdência, ele afirmou que são na tábua de mortalidade, adaptada à conformidade demográfica, mas também nas taxas de juros. "Os planos trabalham com 6% de retorno real, mas vai cair", afirmou Mente.
Mal adaptados
De acordo com ele, os depositantes de planos de previdência se acostumaram mal nos últimos anos, uma vez que as expectativas de ganho estavam altas por uma distorção na taxa de juro brasileira, que agora está em direção ao patamar mundial.
Agora, não só a crise na Bolsa de Valores - uma vez que parte dos recursos dos planos estão em renda variável -, como a redução na taxa de juro devem afetar os planos no curto prazo. "Eu creio que, se não tiver resgates, haverá estagnação no processo de venda. O movimento de captação chegou a ter aumento de 20% ao ano há três anos. Isso foi consequência da rentabilidade, e hoje estamos tendo o movimento contrário", finalizou Mente.
"Parte do investimento em plano de previdência vai para título público. Os planos trabalham com 6% de retorno real ao ano. Se começa a cair a Selic, essa remuneração cai. Ou sua aposentadoria vai ser menor, ou vai demorar mais para você atingir o seu objetivo", explicou o economista-chefe da corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Para o ex-presidente da Abrapp (Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar) e diretor da consultoria atuarial Assistants, Paulo Mente, o que acontece nos planos de previdência é que as pessoas trocam cotas por renda no futuro. Diante da baixa rentabilidade, o que as pessoas devem fazer é comprar mais cotas. "Se quiser garantir uma renda maior, tem de pensar em aumentar os depósitos", explicou.
Fechada versus aberta
Para Mente, existe um impacto diferente nos planos de previdência fechados (aqueles realizados junto à empresa) e os abertos (oferecidos pelos bancos). Enquanto o primeiro tem um horizonte de longo prazo, o segundo tende a ser usado também para o alcance de objetivos no curto prazo.
"A queda da Selic influencia momentaneamente os planos fechados, mas não assusta, mesmo porque são feitos ajustes. No banco, é diferente, porque a filosofia não é como no empresarial, que pensa na aposentadoria mesmo. No banco, pensa-se em menor prazo, para poder usufruir dele antes da aposentadoria na maioria das vezes. Então, o efeito da crise é mais importante", explicou o ex-presidente da Abapp.
Em relação aos ajustes realizados nos planos de previdência, ele afirmou que são na tábua de mortalidade, adaptada à conformidade demográfica, mas também nas taxas de juros. "Os planos trabalham com 6% de retorno real, mas vai cair", afirmou Mente.
Mal adaptados
De acordo com ele, os depositantes de planos de previdência se acostumaram mal nos últimos anos, uma vez que as expectativas de ganho estavam altas por uma distorção na taxa de juro brasileira, que agora está em direção ao patamar mundial.
Agora, não só a crise na Bolsa de Valores - uma vez que parte dos recursos dos planos estão em renda variável -, como a redução na taxa de juro devem afetar os planos no curto prazo. "Eu creio que, se não tiver resgates, haverá estagnação no processo de venda. O movimento de captação chegou a ter aumento de 20% ao ano há três anos. Isso foi consequência da rentabilidade, e hoje estamos tendo o movimento contrário", finalizou Mente.